É uma doença do nervo óptico de origem multifatorial, tendo como maior fator de risco a pressão intra-ocular elevada, no entanto, pacientes com pressão intra-ocular normal não estão imunes de portarem a doença.
Estuda-se atualmente outros fatores que possam estar envolvidos no aparecimento e na evolução da doença.
Glaucoma e pressão ocular elevada são sinônimos?
Não. Para cada dez pacientes com hipertensão ocular apenas um desenvolverá glaucoma, sendo assim, apenas um terá lesão no nervo óptico e perda de campo visual.
Por outro lado, existem pacientes com pressão intra-ocular normal e que mesmo assim apresentam alterações semelhantes às encontradas no glaucoma com pressão elevada. É o chamado glaucoma de pressão normal.
Como posso saber se tenho glaucoma?
Muitos são os exames necessários para uma completa investigação do glaucoma e seu oftalmologista deve estar apto a interpretá-los.
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Exames
1 TONOMETRIA – É a medida da pressão intra-ocular, que nos mostrará a existência ou não do maior fator de risco no glaucoma. 2 GONIOSCOPIA – Exame realizado para avaliar o trabeculado, estrutura responsável pelo escoamento do líquido produzido no olho. 3 ANÁLISE DO NERVO ÓPTICO – Esta avaliação é feita com as pupilas dilatadas e permitem que seu oftalmologista tenha visão direta do seu nervo óptico através de lentes especiais. 4 PAQUIMETRIA CENTRAL DA CÓRNEA – Mede a espessura central da córnea. Inúmeros estudos demonstram que esta medida tem influência direta sobre a medida da pressão intra-ocular. 5 PERIMETRIA COMPUTADORIZADA – É o exame de campo visual. Ele nos mostra de forma precisa a sensibilidade da sua retina e se há comprometimento das fibras nervosas pelo glaucoma. 6 FOTOGRAFIAS DO NERVO ÓPTICO (PAPILAS) – Fundamentais para o acompanhamento morfológico do nervo óptico e evolução do glaucoma.
Glaucoma tem cura?
Não. Mas o glaucoma pode ser controlado. No tratamento desta doença dispomos de um grande arsenal terapêutico, desde a utilização de colírios que irão reduzir a sua pressão intra-ocular, até intervenções com laser ou cirurgia incisional.
As cirurgias fistulizantes são reservadas para os casos em que haja progressão do glaucoma mesmo com o tratamento medicamentoso.
Alguns pacientes apresentam glaucoma e catarata concomitantemente; nestes casos a cirurgia de glaucoma pode ser associada à cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intra-ocular (cirurgia combinada).
Recentemente na CTO, o setor de Glaucoma iniciou de forma pioneira no sul do Brasil o uso da Ciclofotocoagulação Endoscópica, que é o tratamento do glaucoma com laser e visualização por vídeo endoscópio. Nestes casos o glaucoma pode ser tratado de forma mais segura e com resultados pós-operatórios mais previsíveis.
Como posso prevenir o glaucoma?
- Consulte seu oftalmologista regularmente. - Lembre-se de que idade avançada, raça negra, miopia e história familiar de glaucoma são importantes fatores de risco para esta doença. - Caso você tenha um destes fatores de risco a prevenção torna-se ainda mais importante. - Sempre pergunte ao seu oftalmologista como está o seu nervo óptico. - Utilize as medicações corretamente, de acordo com o prescrito pelo seu oftalmologista. - Tenha sempre em mente que o tipo mais comum de glaucoma (glaucoma primário de ângulo aberto) não provoca sintomas e sendo assim, a prevenção é a forma mais eficaz de manter a saúde dos seus olhos.